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12.10.06

aventuras paulistanas 1 

Eu não fumo e, em tese, não bebo. Mas há dias que pedem um cigarro e um trago. Dias e noites. Noites, por exemplo, como hoje. Feriado em que o chegar em casa foi tarde, muito tarde da noite, e que a comida foi leve demais.
Outro dia, estava perdida na cidade estranha, sem direção, celular e com imensa vontade de chorar. Minha única outra vontade era acender um cigarro. Eu, que sou alérgica a cigarro,acenderia um e entraria no mundo de Marlboro. Ah, sim. Se eu soubesse usar um isqueiro. Só sei acender fósforos (adoro riscar fósforos).
Pois aqui estou eu, agora, tentando disfarçar o imenso vazio na frente da inutilidade tecnológica das pesquisas no google ouvindo jazz. E tudo que eu precisava agora pra me sentir mais aquecida e menos distante de tudo era uma taça e uma garrafa de vinho tinto (sim, porque às vezes um cálice simplesmente não é o suficiente).
E aí, sim, eu poderia desfrutar da incongruente sensação de melancólica solidão e libertária solidão.
Com um bom vinho tinto, um dos cinco que eu sei dizer que é bom, mesmo não entendendo nada de uvas além de são verdes e roxas, a vida ficaria bem melhor, a noite teria contornos borrados e agradáveis e eu dormiria mais fácil, sem quaisquer pensamentos elaborados e discussões com o taxista.
Mas pra isso, claro, eu teria que aprender antes a abrir o vinho.
Preciso desesperadamente aprender a só ser.

postado por antonina kowalski às 21:04

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