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2.1.07

Constatações metafísicas 4 

Quantos de nós temos manias que nunca chegamos a perceber até que nos causem algum embaraço, constrangimento ou problema profissional?
Muitos, certamente.
Eu sou uma dessas pessoas. Cheias de maniazinhas e maniazonas tão arraigadas que custo a perceber que estou fazendo o que estou fazendo compulsivamente.
Calma, não estou falando de transtorno obsessivo-compulsivo. Ainda.
Estou falando dessas coisinhas que nos pegamos fazendo automaticamente e irracionalmente.
Ao dirigir, por exemplo, eu tenho várias manias. Uma delas é abaixar o som quando estou fazendo manobras complicadas. Outra, clássica, é rearranjar os números das placas dos carros até eles virarem anos – essa funciona melhor quando temos 1 ou 2 na placa.
Outra, e essa é uma preferida, é fazer contas enquanto dirijo. Ou elaborar contas mentais que só podem ser feitas, por cidadãos comuns, com o auxílio da calculadora.
Exemplos: calcular quantos anos terei de trabalhar ainda com carteira assinada para me aposentar aos sessenta anos; quantos litros de gasolina tenho de colocar no carro para ir até a casa de mamãe; qual minha média de gasto com o celular diariamente, semanalmente, mensalmente, quinzenalmente. Han?
O mais intrigante na mania de contas é que elas são feitas sempre e somente quando eu estou dirigindo e sozinha no carro. E, sim, quando estou dirigindo e o ato de pegar o celular, destravar, achar a calculadora no menu e realizar os cálculos soa praticamente como suicídio lusitano.
Mas se eu não consigo fazer a conta de cabeça, manusear o celular é uma atividade amplamente dominada por mim. Garanto. Mas não divulgo nem modelo nem placa do carro. Sou um ás no volante, apesar das manias.

postado por antonina kowalski às 16:32

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