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4.2.07

Depois da chuva 

A vida às vezes tem um ritmo próprio que nós não conseguimos acompanhar. Pelo simples fato de que queremos que essa estranha, a vida, siga no mesmo ritmo que nós. Que, convenhamos, temos ritmos cada vez mais estranhos, tamanha é a pressa que aprendemos a ter com bancos trinta horas e slogans de a vida é agora ou a vida é uma contagem regressiva. Maldita publicidade.
Meu ritmo, como o da maioria das pessoas, é diferente do da vida. Da minha, especialmente. Enquanto eu praguejei por dias e semanas por alguma melhora, a vida significativamente me ignorou. No dia em que bati o carro / chorei um pouco / cansei no trabalho, tive uma boa notícia.
No dia seguinte, outra boa notícia.
Notícias que podem, finalmente, colocar o meu ritmo e o da vida em uma sintonia mínima. Pra começar a conversa em 2007, digamos assim.
Mas nada disso, nenhuma dessas coisas concretas, foi páreo para o sinal que eu recebi na sexta à noite. Madrugada, chuva perene na cidade, frio, entrando correndo na portaria. E um louva deus, ali, me olhando. Todo verde, todo sorte pra mim, todo sorrindo pra mim. Era dia dois de fevereiro. Um dia bom.
Um prenúncio de dia bom. E de dias bons a seguir.
Um louva deus.
Lá no Rio costumam chamar de esperança. Mas essa sou só eu.

postado por antonina kowalski às 17:49

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