<$BlogRSDUrl$>

space

17.5.07

Longe de casa 

Quando eu saí de casa, achei que estava conquistando minha independência. Até me dar conta que quem lavava minhas roupas era a mamãe; que eu almoçava na mamãe todo fim de semana. Aí descobri como poderia lavar minhas roupas sem depender de mamãe - se continuo lá, é por economia, preguiça e comodismo. Descobri também como queimar uma omelete sozinha, sem ajuda. Se ainda como lá aos domingos, é pela companhia da família.
Aí eu me mudei.
E descobri que minha dependência é muito maior do que eu supunha. Minha dependêndia, quem diria, paterna, é de uma natureza que, provavelmente, nunca será quebrada. A não ser que eu decida nunca mais furar paredes ou pregar quadros na sala. Ou que eu aprenda a usar, sozinha, uma furadeira sem impregnar a parede de furos tortos, ou a pregar um prego sem ter que recorrer ao durex ou a todo o pacote de pregos.
Esse dia está quase tão longe quanto o juízo final - e podemos até especular se algum deles virá.
Posso ter meu dinheiro, minha vida, lavar minhas próprias calcinhas e uma lista de compras feita por mim. Mas está longe o dia de dar meu grito no Ipiranga: mais precisamente, à distância da furadeira e do martelo.

postado por antonina kowalski às 06:50

1dizem por aí:

At 17/5/07 07:01, Blogger Unknown disse...

Furadeira é realmente desagradável...
tem umas coisas que, mesmo a gente sabendo fazer, é bom deixar os pais e padrastos fazerem... para se sentirem melhores...
mas furadeira e pregos... realmente, é xarope!

 

Postar um comentário

<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?