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17.10.07

Desperate housewife 

Uma das partes divertidas e complicadas de crescer é aprender a se virar sozinha. Ainda mais quando se foi, até os vinte e poucos anos, rainha de um quarto de menina no qual nem o copo do nescau era retirado do criado mudo.
Alguns, como esta senhorita, vão aprendendo aos poucos, muitos trancos, risadas e cicatrizes. Foi como pegar o secador com displicência no banheiro e, cinco segundos depois, estar catando os cacos do suporte de porcelana da escova de dentes que se enroscou no fio.
Ou como ir pegar uma revista na mesa de centro e espatifar o suporte de vela de flor vermelha de vidro reciclado. Ainda há cacos até hoje debaixo do móvel.
Ou como acender uma inocente vela perfumada para tirar o cheiro de pipoca queimada que persiste desde domingo, mesmo com as janelas abertas por todo o tempo do mundo.
Acender a vela e, ao ir movê-la de lugar, derrubar uma prateleira em cima do computador, a vela acesa em cima da mão, roupa e perna até salpicar o chão de cera vermelha e queimar três dedos, machucar uma perna e estragar uma blusa querida. E ficar em pânico choroso por alguns minutos.
E uma bolha no dedo. E uma blusa a menos. E a insistente constatação de que algumas senhoritas nasceram mesmo é pra serem servidas. Ou para serem atentas. Tanto faz.

postado por antonina kowalski às 09:16

1dizem por aí:

At 19/10/07 16:59, Blogger s. disse...

uma vez um tuppeware de sopa congelada se suicidou bem na minha frente. foi eu abrir a porta do congelador e ele pulou. traumatizei.

muah!

 

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