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13.10.07

A rosa púrpura do cairo 

A vida é tão diferente de como aparece nos filmes (e é tão mais agradável lá) que, às vezes, fico me perguntando como faço para ajustar minha vida a um roteiro. Se minha mãe morresse amanhã e eu me visse tendo de cuidar do meu irmão, há uma longa lista de coisas que eu nunca poderia fazer, simplesmente porque não sou um personagem:

1) Assistir a vídeos antigos de família, porque minha família nunca teve filmadora;
2) Folhear um enorme álbum de fotografias que documenta toda a vida do meu irmão ao lado da minha mãe, porque ela detesta fotografias;
3) Fazer guerra de travesseiros, porque eu odiaria ter de arrumar tudo depois;
4) Fazer guerra de travesseiros de penas, porque os meus são sintéticos e antialérgicos;
5) Levar o irmão para o trabalho e faze-lo se divertir, porque uma redação não é lugar legal pra um menino;
6) Tirar fotografias divertidas nas máquinas instantâneas na rua, porque aparentemente aquilo só existe em Nova York;
7) Fazer um quarto não previsto para uma criança parecer aconchegante em dois dias.

Em alguns momentos da vida, eu queria muito, muito mesmo, estrelar um filme. De qualquer gênero.

postado por antonina kowalski às 19:55

0dizem por aí:

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