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28.1.08

Marte e eu 


Sam Tyler é o estiloso da esquerda

Senhorita K. gosta de muitas coisas na tevê. Ela gosta, especialmente, de seriados. De alguns, gosta pela previsibilidade. De outros, pela emoção. De outros, pelo humor. De alguns, pelos personagens. De alguns, pela absoluta inventividade.
É o caso de Life on Mars, que Senhorita K. descobriu nalguma noite de insônia do domingo, há certo tempo. E não abandonou mais.
Seriado britânico, tem visual, roteiro e atores bem diferentes do que a gente está acostumado.
E a premissa é genial: Sam Tyler, um detetive de Manchester, sofre um acidente, fica em coma e vai parar... em 1973, na mesma Manchester, ainda policial.
O mundo era tão diferente naqueles tempos que Sam, literalmente, se sente em Marte.
O seriado, que só teve duas temporadas (está na segunda no Brasil), mescla humor, melancolia e drama com precisão.
Sam sente pavor pelos métodos truculentos da polícia da época e pela falta de recursos técnicos e tecnológicos para descobrir os casos. Aqui e ali, zomba do futuro no passado, como quando vai disfarçado a uma festa de swing e se apresenta como Tony Blair.
Além disso tudo, Sam tem de lidar com o fato de que voltou ao passado bem na época em que seu pai, acusado de um crime, fugiu e nunca mais viu a família. Não há finais felizes e redenções.
E eu, que imaginava que o final da primeira temporada tivesse esgotado todas as possibilidades de me maravilhar com Life on Mars, me enganei completamente. Como na cena da galera prafrentex do início dos anos 70 que saúda Santana como super hype. “Oh, God”, diz Sam em descrença.
Num outro episódio, ele se defronta com o passado de seu futuro: o comissário que, em 2007, será seu mentor, é ainda um policial iniciante em 1973, à beira de entrar no esquema corrupto daqueles anos.
É bom, é muito bom.

postado por antonina kowalski às 11:05

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