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26.2.08

Donasdecasa desesperadas 


Senhorita K. gosta muito de Desperate Housewives. Gosta mais, confessa, das histórias das donasdecasa, suas desavenças, as pequenas mentiras, as vergonhas. Gosta menos dos crimes, do suspense e da chateação das investigações.
Pois no final da temporada passada, Edie terminava tudo se enforcando na escada de casa, abandonada.
Para quem não se lembra, e todo mundo se lembra, Desperate Housewives começou com um suicídio, o de Mary Alice.
Edie não queria se matar, claro, foi tudo um golpe, mas Senhorita K. se pegou pensando em como seria sensacional se Desperate Housewives também tivesse, à maneira de Lost, uma trama já imaginada de cabo a rabo desde o início da série, e essa trama fosse:
1.Mary Alice morre, desiludida com a vida de mentiras e decepções;
2.Quatro temporadas depois, Edie se mata, incapaz de lidar com a solidão e com a falta de amor;
3.Algumas temporadas mais tarde, Gabrielle se suicida dramaticamente porque percebe o quanto sua vida sempre foi vazia...
Acho que é fácil imaginar o que viria depois, temporada por temporada. Susan, Bree e Lynette (não necessariamente nessa ordem, mas possivelmente nessa ordem), cada uma à sua maneira, percebendo que o verniz de Wisteria Lane está apodrecendo, e as coisas são sempre insolúveis, e mesmo que sejam, aparecerão novas coisas insolúveis no lugar, se matariam, para fugir dos filhos, das decepções, das pressões, das cobranças, do amor, do envelhecimento.
Tudo é profundamente triste e desesperançoso, especialmente para donasdecasa desesperadas, seria a conclusão final do seriado.
Seria um trabalho de arte perfeito, Senhorita K. acredita. O único porém é que a produção é da Disney. E, na Disney, como a gente sabe, a morte da mãe de Bambi foi a maior tragédia possível. Não dá pra lidar com nada pior.
Mas tudo bem. A gente continua sonhando.

postado por antonina kowalski às 10:38

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