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7.4.08

Miedo que da miedo del miedo que da 

Todas as pessoas do mundo têm medo de algumas coisas. Alguns medos são racionais. Outros, não. Senhorita K., que é uma pessoa típica, tem alguns medos que julga absolutamente racionais. Tem medo de cachorros, depois de ter sido mordida duas vezes. Tem medo do avião na hora da decolagem. Tem medo da velhice sozinha. Tem medo de câncer.
São todos medos racionais explicados e justificados – pelo menos Senhorita K. acredita que sejam.
Mas Senhorita K., como toda pessoa do mundo, também tem medos irracionais, inexplicáveis e patéticos. Ela os vivencia no dia a dia, mas sempre com o coração na beira da boca, sempre com as mão suando um pouco, sempre com medo do risco que nem existe.
Senhorita K. entra em pânico, por exemplo, sempre que alguém do carro da frente joga o cigarro fora. Senhorita K. tem um medo absurdo, desesperador, de, ao passar com o carro onde está o resto do cigarro, tudo explodir. É, tudo explodir. Assim mesmo. Que nem nos filmes do John Woo. Bum!
Por isso, Senhorita K. tem sempre o impulso não apropriado no trânsito de jogar o carro pra qualquer direção diferente daquela em que está a guimba.
O que poderia causar medos reais e explicados de acidentes reais.
O outro medo inexplicável de Senhorita K. também tem reflexos reais e perigosos no trânsito. Senhorita K. tem pavor de pontes. Senhorita K. deseja se teletransportar, ser jumper, só quando tem de passar pelas pontes.
Uma delas, especificamente, faz Senhorita K. suar frio. Entrar em desespero. A ponte bonita do JK.
A ponte que parece um dragão entrando e saindo da água mas na verdade são os arcos da bolinha quicando na água.
Senhorita K. descobriu cedo um método de passar rápido e quase indolormente pela ponte. Ela fecha os olhos, fica na pista do meio e vai. Respirando fundo, controlando o cérebro para não enfiar a cabeça num saco de pão e aliviar a crise do pânico.
Sim, Senhorita K. sabe que isso pode causar inúmeros acidentes. Que alguém na sua frente pode frear e trazer medo e pânico reais à vida dela.
Mas ela não consegue evitar. Porque o pânico de a ponte desabar com ela lá no meio é muito mais premente, ainda mais depois de supremacia bourne, em que marie morre afogada na água, depois de cair na ponte (e tomar um tiro enquanto dirigia, ok).
Senhorita K. tem um conselho às pessoas do mundo. Em caso de cigarros acesos na rua ou pontes, fiquem longe do celta branco com som alto e batida do lado do motorista.

postado por antonina kowalski às 07:36

5dizem por aí:

At 8/4/08 07:55, Anonymous Anônimo disse...

Hahahahaha.
Que nem a mãe de um amigo meu que tinha medo de passar no pedágio na volta, quando não tem que parar. A senhorinha mirava bem, fechava os olhos e pisava fundo. Ligeiramente mais perigoso que atravessar a ponte pela pista do meio, hahahaha.

 
At 9/4/08 16:35, Anonymous Anônimo disse...

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At 14/4/08 12:39, Blogger Leandro Galvão disse...

VocÊ precisa procurar ajuda médica...

Sem mais para o momento...

 
At 18/4/08 04:13, Anonymous Anônimo disse...

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At 18/4/08 18:39, Anonymous Anônimo disse...

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